quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A evolução da Taxa de Natalidade e Mortalidade














sobre a TAXA DE NATALIDADE...

Nos países desenvolvidos (PD) a segunda fase da evolução da população mundial (após 1750), trás uma diminuição progressiva da taxa de natalidade, especialmente no século XX. A diminuição da taxa de natalidade nestes países, localizados na sua maioria na Europa, América do Norte(EUA e Canadá), Ásia (Japão e Coreia do Sul) e Oceânia (Austrália e Nova Zelândia), deve-se ao:

- desenvolvimento do planeamento familiar;
- maior utilização dos métodos anticoncepcionais;
- maior independência da mulher em relação ao marido (emancipação) e a entrada no mercado de trabalho;
- aumento dos encargos e responsabilidades de criar um filho, como alimentação, vestuário, educação, saúde, etc.
- elevado custo da habitação que aumenta os encargos familiares;
- menor número de casamentos oficiais;
- a idade média de casamento é cada vez mais alta;
- maior dificuldade em engravidar devido ao ritmo de vida stressante…

Mais recentemente temos vindo a assistir a um pequeno aumento no número de nascimentos em resultado de políticas de incentivo à natalidade, nos países mais desenvolvidos, com apoios do Estado às famílias com mais filhos, abonos e subsídios mais elevados, descontos nos impostos, alargamento dos períodos de maternidade e paternidade, etc.

Nos países em desenvolvimento (PED) a taxa de natalidade é muito elevada e mantém-se assim até à actualidade apesar da significativa diminuição dos últimos anos. Os países da África subsariana (a sul do deserto do Sahara), o sul da Ásia e a América latina, são as regiões do planeta com taxas de natalidade mais elevadas (mais de 40 %o).
No início do século XX os países em vias de desenvolvimento começam a receber uma importante ajuda dos países desenvolvidos, na alimentação, assistência médica, construção de infra-estruturas básicas, etc., o que deu origem a um aumento da natalidade. Nos últimos anos essa ajuda tem-se concentrado a educação e no planeamento familiar, com o objectivo de travar o elevado crescimento populacional, que tem dado alguns frutos, com a diminuição da taxa de natalidade mais recente.
Contudo, os valores da natalidade são mais elevados que os dos países desenvolvidos, isto deve-se:
- ao desconhecimento do planeamento familiar;
- à não utilização ou má utilização dos métodos anticoncepcionais;
- ao casamento ocorrer com a mulher muito jovem (14 a 18 anos);
- ao papel da mulher nestas sociedades ser principalmente de mãe e dona de casa;
- ao facto dos filhos serem uma fonte de rendimento e mão-de-obra barata para o trabalho agrícola;
- ao baixo nível cultural;
- ao peso/influência das religiões (muitas incentivam a um grande número de filhos ou são contra métodos de controle da natalidade;
- ao facto de ser prestigiante, nessas sociedades, ter bastante filhos;
- uma mentalidade social em ter muitos filhos para compensar o elevado número de perdas com a mortalidade.













sobre a TAXA DE MORTALIDADE...

Nos países desenvolvidos a diminuição deste indicador demográfico tem lugar logo no século XVIII, após 1750, e resulta de factores como:
- um ambiente de paz, sem guerras;
- maiores cuidados com a higiene e a criação de redes de saneamento;
- progresso na medicina, com mais médicos e medicamsntos (descobrem-se tratamentos de cura para muitas doenças);
- melhor alimentação, em resultado da mecanização da agricultura = mais alimentos
- com a industrualização a vida será menos "dura", criam-me postos de trabalho e recebe-se salário que irá ser utilizado na melhoria da habitação, no vestuário, nos cuidados de saúde e alimentação, no conforto, etc - as pessoas passam a viver mais anos, além de diminuir a mortalidade.
Contudo assinalam-se duas datas, ambas no séc. XX (1914 e 1939), datas da duas grandes guerras. À volta destas datas a mortalidade vai aumentar.

Nos países em desenvolvimento os avanços técnicos, a melhoria da assistência médica e da alimentação apenas chegam no séc. XX, especialmente depois do fim da II Grande Guerra (1950). Neste caso, é com a ajuda dos países mais desenvolvidos, que enviam ajuda alimentar e médica que a taxa de mortalidade vai diminuir.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Evolução da População Mundial
Da observação do gráfico da evolução da população mundial pode-se verificar que o ritmo de crescimento da população mundial não foi uniforme, isto é, evidencia diferentes ritmos de crescimento. Contudo registou-se sempre um aumento.

Analisando o gráfico podemos destacar três momentos distintos na evolução da população mundial. O primeiro que vai até sensivelmente meados do século XVIII (1750), o segundo que vai desde meados do século XVIII até 1950 e o terceiro a partir desta data até à actualidade.

Até meados do século XVIII a evolução da população mundial processou-se a um ritmo lento em virtude de tanto as taxas de natalidades como as de mortalidade serem elevadas dando origem a taxas de crescimento natural muito baixas. Este período é designado por REGIME DEMOGRÁFICO PRIMITIVO.
Nesta primeira fase a inexistência de qualquer planeamento familiar, aliado à falta de métodos anticonceptivos dão origem a uma elevada natalidade. Ao mesmo tempo, o peso da religião e o prestigio social, a necessidade de mão-de-obra (que podia ser das crianças), o facto de não ser obrigatória a escolaridade e o papel da mulher da época ser exclusivamente de mãe e dona de casa, são as principais razões deste facto.
A elevada mortalidade que também era uma realidade à época deve-se às múltiplas e sucessivas doenças e epidemias que dizimavam milhares de pessoas, às guerras, aos períodos de fome, a catástrofes naturais (sismos, secas, inundações), à falta de assistência médica e de medicamentos, ao mesmo tempo que as técnicas médicas eram muito rudimentares. A falta de higiene, de saneamentos e água própria para consumir tornavam certos problemas ainda mais graves e mortíferos.

Desde meados do século XVII até sensivelmente aos anos que se seguiram ao fim da Segunda Guerra Mundial (1950) a evolução da população mundial caracterizou-se por um ritmo rápido de crescimento em virtude da diminuição das taxas de mortalidade nos países mais desenvolvidos (os que tinham iniciado a Revolução Industrial) e a manutenção de elevadas taxas de natalidade o que originava taxas de crescimento natural elevadas. Esta fase é conhecida por REVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA.
Nesta fase as melhorias nas condições de vida da população trazidas pela Revolução Industrial e pela Revolução Agrícola, traduzidas e empregos, melhores salários, vestuário mais acessível, alimentos, aliadas a novas descobertas no campo da medicina, de novos métodos de tratamento e medicamentos, ao período de ausência de conflitos (guerras), leva à diminuição da taxa de mortalidade nos países desenvolvidos.

Após 1950 e até aos nossos dias assistimos a uma evolução populacional a um ritmos muito rápido ou explosivo devido à existência de taxas de natalidade muito elevadas nos países menos desenvolvidos e à descida generalizadas das taxas de mortalidade em todo o mundo. Os países menos desenvolvidos recebem frequentes ajudas dos países mais ricos no plano médico-sanitário que ajudou a diminuir a sua taxa de mortalidade. Assim, a população aumentou a um ritmo nunca assistido, este período é conhecido pela EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

a tua... a nossa água
Na composição da água encontram-se dois gases: duas partes de hidrogénio (símbolo: H) e uma parte de oxigénio (símbolo: O), dando origem, na sua fórmula química a H2O.
Três quartos da superfície da Terra são cobertos por água. Trata-se de quase 1,5 bilião de km3 de água em todo o planeta, contando oceanos, rios, lagos, lençóis subterrâneos e glaciares (gelo e neve). Parece inacreditável afirmar que o Mundo está prestes a enfrentar uma crise de abastecimento de água. Mas é exactamente isso o que está para acontecer, pois apenas uma pequeníssima parte de toda a água do planeta Terra serve para abastecer a população.
Vinte e nove países já têm problemas com a falta de água e o quadro tende a piorar.


A água e o corpo humano

Os primeiros seres vivos da Terra surgiram na água há cerca de 3,5 biliões de anos. Sem ela, acreditam os cientistas, não existiria vida. A água forma a maior parte do volume de uma célula. No Ser Humano, ela representa cerca de 70% de seu peso. Assim, uma pessoa de 65 kg, por exemplo, tem 45 kg de água em seu corpo. Daí sua importância no funcionamento dos organismos vivos. É com a ajuda desta que o corpo regula a sua temperatura.

Dia Mundial da Água

A Organização das Nações Unidas instituiu, em 1992, o Dia Mundial da Água - 22 de Março. Um dia para pensar de forma especial neste recurso que dá vida à Terra.
A ONU redigiu um documento intitulado Declaração Universal dos Direitos da Água. Logo abaixo, podes ler os seus principais tópicos:
- A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor económico: é rara e dispendiosa e pode escassear em qualquer região do mundo.
- A utilização da água implica respeito pela lei. A sua protecção constitui uma obrigação jurídica para todo o Homem ou grupo social que a utiliza.
- O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
- Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade e precaução.
- A água não é somente herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. A sua protecção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do Homem para com as gerações presentes e futuras.
- A água faz parte do património do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável pela água da Terra.
- A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, a sua utilização deve ser feita com consciência para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas actualmente disponíveis.
- A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Dela dependem a atmosfera, o clima, a vegetação e a agricultura.
- O planeamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
- A gestão da água impõe um equilíbrio entre a sua protecção e as necessidades económica, sanitária e social.

Água potável e água tratada
A água é considerada potável quando pode ser consumida pelos seres humanos. Infelizmente, a maior parte da água dos continentes está contaminada e não pode ser ingerida directamente. Limpar e tratar a água é um processo bastante caro e complexo, destinado a eliminar da água os agentes de contaminação que possam causar algum risco para a saúde, tornando-a potável. Em alguns países, as águas residuais, das indústrias ou das residências, são tratadas antes de serem escoadas para os rios e mares. Estas águas recebem o nome de depuradas e geralmente não são potáveis. A depuração da água pode ter apenas uma fase de eliminação das substâncias contaminadoras, caso retorne ao rio ou ao mar, ou pode ser seguida de uma fase de tratamento completa, caso se destine ao consumo humano.
Por outro lado, da totalidade da água do planeta, apenas uma pequena parte está ao alcance do Homem. A maior parte é salgada, outra está na atmosfera no estado gasoso, outra é gelo dos glaciares e outra ainda encontra-se no subsolo. Só a água doce pode ser consumida pelo Homem e, mesmo assim, o mesmo Homem teima em polui-la e utiliza-la de forma que coloca em risco a sua existência e qualidade futura.

O problema já começou

A falta de água já afecta o Médio Oriente, China, Índia e o norte da África. Até o ano 2050, as previsões são sombrias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que 50 países enfrentarão crise no abastecimento de água. Milhares de pessoas dos países menos desenvolvidos morrerão por falta de água.
China – as reservas de água estão no limite. O crescimento económico e agro-industrial, a par da população de 1,2 bilião de habitantes faz com que milhões de chineses andem quilómetros por dia para conseguir água.
Índia - Com uma população de 1 bilião de habitantes, o governo indiano enfrenta o dilema da água constatando o esgotamento hídrico do seu principal curso de água, o rio Ganges.
Médio Oriente - A região inclui países como Israel, Jordânia, Arábia Saudita e Kuwait. Estudos apontam que dentro de 40 anos só haverá água doce para consumo doméstico. Actividades agrícolas e industriais terão de fazer uso dos esgotos tratados.
Norte da África - Nos próximos 30 anos, a quantidade de água disponível por pessoa estará reduzida em 80%. A região abrange países situados no deserto do Sahara, como Argélia e Líbia. Os mais ricos procuram soluções de dessalinização da água do mar, mas o processo é demasiadamente caro.
Como em muitas outras coisas, nos países mais desenvolvidos e ricos utiliza-se muita água, mais do que a que era necessária – desperdiça-se! Nos países em desenvolvimento ela falta obrigando as populações a procura-la muito longe e a consumir água imprópria para uso humano, contaminada, que é na maioria das vezes meio de transmissão de epidemias como a malária.
Em muitos pontos da Terra já se iniciaram guerras para a posse da água. Muitos cientistas prevêem que, no futuro, a água será o líquido mais procurado e mais caro do planeta. Mais uma vez serão os mais pobres aqueles que o descobrirão em primeiro lugar.

Como economizar água

Não demores muito tempo no banho. Em média, um banho consome 70 litros de água em apenas 5 minutos, ou seja, 25 550 litros por ano.
Presta atenção ao consumo mensal da conta de água. Poderás descobrir fugas nas canalizações que significam um enorme desperdício de água. Faz um teste; fecha todas as torneiras e verifique se o contador da água sofre alguma alteração. Se alterar, a fuga está comprovada.
Podes economizar 16 425 litros de água por ano ao escovar os dentes, basta molhar a escova e depois fechar a torneira. Volte a abri-la somente para enxaguar a boca e a escova.
Diz aos teus pais para lavar o carro com balde em lugar da mangueira. Com a mangueira aberta gasta aproximadamente 600 litros de água. Se usar balde, o consumo cairá para 60 litros.
Cuidado: Nada de "varrer" quintais, ruas e calçadas com a mangueira; usa a vassoura!


Curiosidades

Cada habitante gasta 300 litros de água por dia. Com apenas metade disso poderia fazer tudo o que necessita. Além disso, grande parte dos reservatórios de água estão contaminados, principalmente em regiões mais populosas. São esgotos das casas, das fábricas, tudo levado para as águas…
Na maioria dos países, é no campo que ocorre o maior consumo de água: a agricultura intensiva consome mais de 500 litros por pessoa ao dia. De 1900 até os nossos dias, a superfície de cultivo irrigado triplicou. Os sistemas tradicionais de irrigação aproveitam apenas 40% da água que utilizam. O resto evapora ou perde-se. Mas os alimentos também são necessários! Então como fazer?

Consumir com racionalidade, poupar, não poluir…
São várias as respostas!